sábado, 5 de dezembro de 2015

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

                                                            TEORIA DO CAOS

O iluminismo foi um movimento do século XVlll e que teve Isaac Newton como um de seus protagonistas, ele percebeu que o movimento dos astros não se enquadrava muito bem no modelo harmônico da mecânica clássica, pois quando mais de dois corpos se alinhavam pela sua força gravitacional, desvios imprevisíveis aconteciam, inaugurando o campo de estudo do sistema gravitacional com equações diferenciais não lineares.
Nessa época a razão ganhava seu espaço renovando a sociedade,as pessoas começavam a abandonar os pensamentos medievais em que o mundo era regido por Deus e tudo dependia de sua vontade.A idade moderna abriu espaço para a ciência.
Naquele tempo a relação de causa e efeito era precisa,Newton e Galileu construíram um sólido suporte para a física, que mais tarde foi modificado pelos conceitos de Albert Einstein, enquanto para Newton o tempo era igual para todos e imutável, para Einstein consistia no contrário. Com sua teoria da relatividade, alterou-se os conceitos de tempo e espaço.A Terra já não era mais o centro do universo e outros estudos avançaram, como o das probabilidades.
Neste contexto, se introduz a ideia de instabilidade no que chamamos de espaço amostral- conjunto de todos os eventos possíveis de um determinado evento aleatório- com a física do não-equilíbrio associada à dinâmica do caos, esse caos como uma desorganização não propriamente negativa.
Já em 1880, o físico Henri Poincaré também percebeu as dificuldades relacionadas às equações diferenciais não lineares, quando analisou um sistema de massas gravitacionais triplas, notando que seu equilíbrio era irregular e recorrente, mas com movimentos aleatórios.
Mais recentemente, em 1963, um conceito unindo noções de probabilidade e irreversibilidade foi criado, pelo matemático e meteorologista estadunidense Edward Lorenz, a chamada Teoria do Caos.
Nela se estuda os comportamentos não lineares,ou seja, imprevisíveis, em que uma ação aleatória pode provocar um resultado inesperado mudando totalmente o futuro.
Lorenz trabalhava nos laboratórios do MIT e um dia resolveu fazer uma simulação no computador com o movimento das massas de ar , ele alterou apenas algumas casas decimais imaginando que o efeito seria pequeno, mas o que descobriu foi que essa simples alteração mudou completamente o padrão dessas massas. A essa descoberta deu-se o título ‘’efeito borboleta’’.
A revelação impactou todos os campos, da física à biologia , mas se limitando ao meio científico . Dramatizando seu ponto de vista, Lorenz recorreu a uma hipérbole ‘’o bater de asas de uma borboleta em Tóquio pode provocar um furacão em Nova Iorque’’e portanto ,para mostrar que pequenos eventos podem gerar uma grande consequência , ele também criou um gráfico conhecido por ’’atractor de Lorenz’’.
O caos pode ser incluído nas leis da natureza, ele faz parte dela. As pessoas lidam diariamente com mudanças, espontâneas ou não, mas seus comportamentos geram impactos nos resultados futuros.Não só na meteorologia e na física, como também na ecologia, economia, astronomia, sociologia, enfim, a teoria do caos se aplica a tudo e todos.
A história da humanidade poderia ser completamente diferente se determinado fato fosse extinguido, se alguém não estivesse nascido, ou se por exemplo,os ventos simplesmente não estivessem favoráveis,e as naus e caravelas teriam tomado outros rumos. Assim se produziria um efeito dominó, provocando uma desordem histórica e o caos.
A teoria até então bastante desconhecida, foi divulgada principalmente pelos filmes Efeito borboleta 1,2 e 3, a partir do lançamento do primeiro filme em 2004 e mais recentemente podemos citar o filme ‘’Sr . Ninguém’’ de 2009.



REFERÊNCIAS:
Livro as leis do caos- Ilya Prigogine
A teoria do caos e as organizações- Wagner Peixoto de Paiva
Revista mundo estranho
www.teoriadacomplexidade.com.br/textos/teoriadacomplexidade/TeoriaDoCaos-e-Complexidade.pdf
Jornal ciência
Site Toda matéria

domingo, 30 de agosto de 2015



Resolvi tirar o telescópio do baú e registrar essa imagem ontem por volta das 19 horas. Caso você, peixonauta, queira ir até lá, saiba que são 385 mil quilômetros da Terra, de carro demoraria 130 dias (estou pensando em pegar meu carro voador). De foguete, 13 horas. E 1 segundo e meio à velocidade da luz.


O LADO OCULTO DA LUA

Porque não conseguimos ver o outro lado da Lua?
A resposta é que o tempo que ela leva para dar uma volta em torno de seu próprio eixo é o mesmo que ela leva para girar ao redor da Terra.

Nota para vocês brasileiros de plantão: Dia 28 de setembro por volta das 22h ocorrerá o eclipse total da Superlua Sangrenta. Fiquem de olho.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Universo Paralelo

                                  

        Se você me perguntasse agora qual filme eu te indicaria, eu não hesitaria um instante em dizer: ''Coherence''.
       A história começa com um grupo de amigos que vai jantar na casa de um deles, e nessa hora (e durante todo o filme) está passando um cometa, então começa a acontecer coisas estranhas.

**ALERTA DE SPOILER**

      A tela dos telefones racham e depois de um tempo acontece um blackout, todos ficam assustados e um deles vai até a rua e vê que apenas uma casa lá na frente tem as luzes acesas, um grupo decide ir até essa casa, e quando voltam revelam que o que viram pela janela foram...eles mesmos.
      Explicação: o filme retrata realidades alternativas, todas as vezes que alguém passava por uma região mais escura da rua ele ia para outra realidade, o que gera uma certa confusão ao espectador, mas esse é daqueles filmes para pensar, baseado no paradoxo do gato de Schrödinger, com conceitos de física quântica e altas doses de suspense o que o torna nauseante, num bom sentido.
      Os personagens se confrontam, pois cada vez que passavam pela região mais densa e escura, se deparavam com um universo quase idêntico ao original, mas com pequenos detalhes que denunciavam a diferença , vista também em pequenas alterações de personalidade.
Já a minha interpretação é que o ultimo casal que chegou atrasado no começo do filme já estava afetado, o que se observa quando estão na mesa falando sobre ele ser ator e ela não saber disso,então já tinham passado para outro universo.
      A trama vai para sua parte final quando a personagem ''Em'' desvenda o que está acontecendo, consequentemente todos os outros também e então começa uma briga entre dois caras e ela saí para escolher uma realidade, antes que se encerre a passagem do cometa e ela fique presa àquela em que estava.
     Depois da escolha, ela tenta matar seu outro Eu, deixando-a escondida no banheiro, mas após isso ela desmaia e depois que acorda, vai até o banheiro e vê uma de suas amigas saindo de lá, ela fica sem saber o que aconteceu com a outra, mas tudo se revela quando ela se encontra com o namorado e ele recebe uma ligação dela mesma,ou seja, a outra que ela pensou ter matado tinha escapado, é... esse final tem um ar de ''continua'' mas não sei se haverá a continuação, contudo esse filme é a prova viva que pra ser bom nem sempre precisa de um grande orçamento.
      Está aí a dica pra quem curti sci-fi, suspense, mindfuck e um bom roteiro.
       

terça-feira, 14 de julho de 2015

Pra quem não entendeu o Doodle do Google

     Embora ter sido rebaixado a categoria de planeta anão em 2006, Plutão ainda continua sendo alvo de interesse. Hoje, após nove anos e meio que a sonda da NASA ''New Horizons'' foi lançada (quando Plutão ainda era considerado planeta), ela chegou ao ponto mais próximo do planeta anão.
     A New Horizons captou uma imagem em alta definição (ver abaixo),e ainda enviará informações do planeta e de suas cinco luas: Caronte (a maior), Nix, Hydra, Cérbero e Estige.
Imagem capturada pela New Horizons às 8h desta terça.


Mais informações: http://pluto.jhuapl.edu/

domingo, 5 de julho de 2015

Papos de bar

      E embora eu não esteja num sábado à noite em busca de iluminações espirituais, e muito menos correndo atrás das peculiaridades de um planeta próximo, quase sem querer escuto a conversa entre duas iguanas com ideias mais que ligeiramente perspicazes.
      Uma diz que a vida é um troço estranho, e a outra diz que a vida é simplesmente o que fazemos dela.


domingo, 21 de junho de 2015

Na terra dos Mariachis

       Os astecas, assim como os maias, conheciam muito bem a astronomia. E com uma admiração enorme a essas antigas civilizações, resolvi que viajaria para o México.
       Fiz a viagem no ano passado,em agosto, foram quinze dias imersa em uma cultura incrível, junto com toda uma atmosfera tipicamente latina.
       Conhecer um pouco da cultura da mesoamérica foi prazeroso (sim, eu só tenho elogios).Então contarei um pouco da minha rota para vocês.

Primeira parada: Cidade do México
Dentre os inúmeros passeios turísticos, ir a Teotihuacan e subir nas piramides do Sol e da Lua foi sem dúvida minha parte preferida da viagem, e ainda tivemos a sorte de não estar aquele calor de derreter neurônios, até choveu!
Fui primeiro na da Lua, é la que começa a caminhada pela famosa ''Rua dos Mortos'' cheia das ruínas, e várias pessoas querendo subir nas pirâmides, não importa a idade, todos querem,e dá medo porque a escadaria é muito íngreme, e para descer o medo aumenta, a gente tem que se apoiar em cabos de aço.
Depois fui na do Sol, que é a maior e tem 248 degraus. De lá a vista impressiona, com a visão panorâmica do que foi um centro urbano peculiar e único.
        Na Cidade do México, andei pelas ruas conhecendo um pouco da história local,conhecendo edifícios de grande valor arquitetônico, artístico, e claro, histórico. Entre outros lugares passei pelo Zócalo,basílica de Guadalupe,Museu de antropologia(com direito a foto com aquele famoso calendário asteca) e teve muitas outras coisas como conhecer as pinturas de Diego Rivera.










Segunda parada: Cuernavaca e Taxco
Em Cuernavaca foi só uma passagem rápida para conhecer igrejas , umas delas a mais antiga da América Latina.
Em Taxco, foi outra parte da viagem que deu medo porque tive que ir para o hotel de teleférico(risos-q). É uma cidade parecida com Ouro Preto-MG , mas as casas são todas brancas, tradicionalmente.










Terceira parada: Acapulco
Acapulco é linda, mas o que eu gostei realmente foi de ter ficado no hotel em que o Chaves de ''El Chavo del ocho'' fica no episódio ''Vamos todos a Acapulco'',escolhi ir pra lá para conhecer o hotel, mas não esperava que fosse me hospedar nele, nadar naquela piscina, e viver a passagem pela porta giratória.








Quarta parada: Mérida
Agora eu chego onde foi o meu principal motivo pela escolha de ir ao México. Visitei sítios arqueológicos como  Uxmal e Kabah e num outro dia conheci Chichen Itzá onde tem outras ruínas, pirâmides, o campo do jogo de Pelota e principalmente a pirâmide Maia, uma das sete novas maravilhas do mundo.










Quinta e última parada: Cancún
Foram quatro dias de descanso em praias caribenhas.






quarta-feira, 17 de junho de 2015

Um espetáculo de assustadora beleza

Passeando pelo cyberespaço notei o quão lindos são os quasares. Apesar de não haver uma resposta definitiva sobre o que são, a definição mais aceita é que se trata de gigantescos buracos negros no centro das galáxias jovens e ativas e responsáveis por liberar uma enorme quantidade de radiação. Eles são um dos objetos mais luminosos e energéticos do Universo e podem emitir até milhares de vezes a energia emitida pela Via Láctea. Os mais luminosos podem superar o brilho equivalente a dois bilhões (2x10¹²) de sóis. O quasar (fonte de rádio quase-estelar) é maior que uma estrela e menor que o mínimo para ser considerado uma galáxia.


sábado, 13 de junho de 2015

O superanel

O chamado Anel de Phoebe, faz com que Saturno,o segundo maior planeta do nosso sistema,vire um pequeno pontinho no centro da imagem.
O anel descoberto em 2009, só é visível em infravermelho.Por isso o telescópio espacial WISE,foi usado para calcular seu tamanho exato.O resultado é que seu raio é 270 vezes maior que o próprio planeta, ocupando uma área 7 mil vezes maior que a de sua superfície.


Cientistas detectam vidro em crateras de Marte

Por O GLOBO COM SITES INTERNACIONAIS | Agência O Globo – ter, 9 de jun de 2015
Material de cor verde seriam os resíduos - Divulgação/Nasa

RIO - Em um feito pioneiro, pesquisadores descobriram fragmentos de vidro nas crateras do Planeta Vermelho, oferecendo uma janela para a possibilidade delicada de vida no planeta. Usando dados da Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) da Nasa, a equipe da Universidade de Brown, que publicou a descoberta na "Geology", detectou que os resíduos teriam se formado por causa de um violento impacto, provavelmente de algum asteroide. Os cientistas Kevin Cannon e Jack Mustard são os principais investigadores do material enviado pela sonda da Nasa que explora o planeta.
Cannon e Mustard mostraram que grandes depósitos de vidro estão presentes em várias crateras ainda bem preservadas, espalhadas por toda a superfície marciana. Estes fragmentos são impactos relativamente comuns em Marte e poderiam ser alvos para exploração futura.
Para identificar minerais e tipos de rocha remotamente, os cientistas mediram o espectro da luz refletida na superfície do planeta. Mas o vidro criado por causa de um impacto não costuma ter sinais fortes de reflexo da luz. Ou seja, eles não conseguiam saber, com certeza, do que se tratava o material de cor verde que pode ser visto na foto acima.
"Vidros tendem a ser espectralmente brandos ou pouco expressivos, de modo que as assinaturas do vidro tendem a ser esmagadas pelos pedaços de rocha misturados com ele. Mas Kevin encontrou uma maneira de burlar esse sinal", disse Mustard para a agência de notícias da Nasa.
No laboratório, Kevin misturou diversos tipos de poeiras com composição parecida com as das rochas e do solo de Marte e os colocou em um forno para que o vidro fosse formado. A partir daí, mediu o sinal espectral do vidro, para saber como ele refletiria. Usando um algoritmo, Mustard capturou sinais semelhantes enviados pelo sistema do veículo da Nasa que tirou as fotos.
Assim, os cientistas descobriram que as crateras tinham vidro em suas entranhas.
"A análise dos pesquisadores sugere que os depósitos de vidro são ligados a impactos em Marte", afirmou o diretor da divisão de ciência planetária da Nasa, Jim Green, em entrevista ao site da agência.

A região onde o vidro foi encontrado é uma das áreas onde a Nasa pretende pousar em 2020, em uma missão para coletar amostras de solo e de rochas.

De olho no Cosmo



Acabei ressuscitando. No dia 15 de Abril resolvi observar o céu noturno e aí estão Marte e Vênus:

sexta-feira, 12 de junho de 2015


Aqui está o calendário do provável futuro da humanidade e do universo




Paradoxo solar é explicado por "mangue magnético"

No Sol, quanto mais longe da superfície, mais quente fica. Entenda o motivo
POR Fábio Marton
SolNASA/ESA
Na Terra, calor é coisa simples. Você acende uma fogueira e, quanto mais perto dela, mais quente fica. Mas, com o Sol, é exatamente o contrário: a parte mais quente da estrela é sua alta atmosfera, a coroa, que é mais de mil de vezes mais quente que a superfície.
A superfície solar tem uma temperatura de aproximadamente 5500 graus Celsius. Suficiente para vaporizar metais, mas parece a Antártica se comparada à parte mais distante da atmosfera solar, onde a temperatura pode ultrapassar 10 milhões de graus.
Esse mistério causava perplexidade aos cientistas há décadas. Um grupo de astrofísicos franceses acaba de apresentar uma nova teoria, que talvez seja a resposta para a charada. Em suas palavras, um "manguezal magnético" explica o aparente paradoxo.
Capitaneados pelo astrofísico Tahar Amari, da École Polytechnique em Palaiseau Cedex, os cientistas se basearam em simulações de computador para criar um modelo da transmissão de energia pela atmosfera solar. Nele, o constante movimento dos gases na superfície solar causa um emaranhado caótico de campos magnéticos. Acumulada dessa causando o aquecimento. Dessa forma, a imensa energia da estrela passa batida pela parte baixa da atmosfera - o que explica por que ela é mais fria que as camadas superiores.
Mangue magnético solarT. Amari/École Polytechnique
Amari desenhou para entender: o "mangue" são os filamentos verdes. As raízes, a parte laranja, o emaranhado de campos magnéticos que causa essas emissões.
Pra dizer a verdade, o mangue da ilustração mais parece um gramado, mas vamos perdoar Amari, que é astrofísico, não botânico.

http://super.abril.com.br/ciencia/paradoxo-solar-e-explicado-por-mangue-magnetico