quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A Lua está encolhendo como uma maçã velha, revela Nasa

WASHINGTON (AFP) - A Lua encolheu como uma maçã velha, revelam imagens da Nasa, que explica esta contração pelo resfriamento interno do único satélite natural da Terra.
Essas imagens, publicadas nesta quinta-feira na revista americana Science, mostram modificações na superfície da Lua não detectadas anteriormente, indicando que sua circunferência "retraiu cerca de 100 metros em um curto período de tempo", explicou Thomas Watters, do Museu Nacional do Ar e do Espaço e principal autor desse trabalho.
As conclusões foram tiradas graças às fotografias registradas pelas poderosas objetivas posicionadas a bordo da Sonda de Reconhecimento Lunar (LRO), um instrumento espacial que a Nasa colocou na órbita da Lua em junho de 2009.
As fotografias revelam a existência de "escarpas lobuladas" (ondulações) no solo da Lua. Estas formações se situam principalmente nas regiões lunares de média altitude, em volta de todo o satélite. A contração e o "enrugamento" da superfície lunar seriam, assim, consequências do resfriamento do interior da Lua.
Esses traços geológicos já haviam sido fotografados próximos ao equador da Lua por câmeras panorâmicas durante as missões Apollo 15, 16 e 17, no início dos anos 70. Mas 14 novas escarpas lobuladas desconhecidas apareceram nas imagens de alta definição do LRO.
"Um dos aspectos mais impressionantes dessas ondulações lunares, é o fato de que elas parecem relativamente recentes", observou Thomas Watters.
"Eles surgiram na superfície lunar provavelmente por causa do resfriamento interno da lua", explicou.
"As imagens de ultra-alta definição fornecidas pelas câmeras de ângulo estreito a bordo do LRO vão revolucionar nossa percepção sobre a lua", declarou Mark Robinson, do Instituto da Terra e da Exploração Espacial da Universidade Estadual do Arizona (sudoeste), co-autor desta pesquisa e principal cientista responsável pelas câmeras do LRO.

quinta-feira, 25 de março de 2010

          Astrofotos: uma Capella no topo do mundo!

 

Everest e estrela Cappela
Na tentativa de superar esse obstáculo os astrônomos constroem os observatórios nos locais mais altos possíveis, o que permite que a luz proveniente dos mais distantes locais do Universo chegue até os telescópios com a mínima interferência, permitindo o melhor estudo dos objetos celestes. Observatórios nos Andes, Mauna Kea, Mont Wilson estão entre os mais elevados do mundo e não é a toa que produzem imagens de altíssima qualidade.
O turco Babak Tafreshi, um dos mais conhecidos astrofotógrafos do mundo, não tem um observatório particular, mas é um viajante apaixonado pela astronomia e por onde passa não perde a oportunidade de fotografar o céu. E para inveja de seus colegas, costuma sempre retratar o firmamento visto dos mais belos lugares do planeta.
Na imagem mostrada, Tafreshi retratou a brilhante estrela Capella, a Alpha da constelação de Auriga, instantes depois de nascer sobre o Monte Everest, o pico mais alto do mundo, visto à esquerda no fundo da imagem.


Constelação de Auriga acima do Monte Everest
A beleza da composição é marcada pela grande montanha e de seu vizinho Lhotse, intensamente banhados pela luz da Lua e com seus picos quase tocando o céu. Para completar a cena Tafreshi enquadrou o monumento budista Stupa, visto à esquerda da cena junto à principal estrada que leva ao Acampamento Base do Everest. O pequeno ponto luminoso visto na parte inferior do centro da foto é o Monastério de Tengboche, ao longo de uma trilha de quatro mil metros.
Além da cordilheira do Himalaia e de Auriga brilhando intensamente no céu, Tafreshi também teve a sorte de enquadrar a estrela Aldebaran e as Plêiades, observados facilmente na imagem em alta resolução. Aldebaran é a segunda estrela mais brilhante da composição e Plêiades é o aglomerado de estrelas visto na parte superior da foto, na direção de Aldebaran
Sem dúvida, uma bela composição!

Foto: No topo, constelação de Auriga vista acima do Monte Everest. Acima, locaização dos elementos. Crédito: Babak Tafreshi/NASA/APOD.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Constelações

Em gramática, a palavra constelação significa o coletivo de estrelas, mas para os astrônomos é uma região do céu composta de qualquer objeto celeste, mesmo que não tenha qualquer relação entre si, bastando estar na mesma área quando vistos da Terra. Ao todo existem 88 constelações, sendo 44 no hemisfério norte e 44 no hemisfério sul, com algumas delas visíveis em ambos os hemisférios.

Constelação de Órion, vista em dois hemisférios
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Por estarem próximas à linha do equador terrestre, as constelações visíveis nos dois hemisférios recebem o nome de equatoriais e entre as mais conhecidas estão Órion, Cão Maior, Cão Menor e Pégasus, entre outras. De todas elas, a mais familiar é sem dúvida a constelação de Órion, onde desde pequenos aprendemos a reconhecer as "Três Marias", inseridas dentro de um grande retângulo.
Acima das Três Marias - Mintaka, Alnilam e Alnitak - a constelação abriga a nebulosa M42. Distante 1500 anos-luz da Terra, a nebulosa é uma gigantesca região de formação estelar, onde enormes massas gasosas são submetidas a altíssimas pressões e temperaturas e começam a brilhar, dando origem a novas estrelas.
Apesar da constelação e dos objetos em seu interior serem os mesmos e praticamente imóveis, a constelação não é vista da mesma maneira nos dois hemisférios e à medida que nos afastamos da região equatorial os objetos em seu interior mudam de posição. Em alguns casos a diferença é tanta que tudo em seu interior parece estar invertido.
A imagem acima mostra claramente o fenômeno, retratando o céu noturno em duas regiões diferentes do planeta. Apesar de ambas as cenas terem sido feitas no mês de dezembro, a constelação de Órion aparece totalmente invertida em cada um dos hemisférios. À imagem da esquerda foi feita no hemisfério sul, em uma praia da Ilha de Bruny, na costa da Tasmânia, na Austrália, enquanto a cena da direita retrata o mesmo céu visto a partir das montanhas Alborz, no norte do Irã, no hemisfério norte.
Nas cenas, a inversão é quase absoluta. A nebulosa M42, que para nós no Brasil aparece acima das Três Marias, é vista no hemisfério norte acima delas. O longo braço horizontal que liga Belatrix ao outro grupo de estrelas aparece também completamente invertido em ambas as fotos.
Experimente!
Apesar de apresentarem essa inversão aparente devido à diferença de latitude em que as fotos foram feitas, nenhuma das estrelas de fato mudou de posição, mas sem dúvida nos proporcionou uma interessante observação a partir de um ponto de vista diferente do habitual, tornando a constelação de Órion ainda mais bela.

Se você quiser ver a constelação de Órion da mesma forma que os moradores do hemisfério norte, a notícia é boa e não precisará gastar nenhum dinheiro para isso. Basta ficar de cabeça para baixo e contemplar o céu. O problema é que seus vizinhos e amigos poderão achar que você não anda muito bom da cabeça, mas isso não fará a menor diferença. Bons céus!


sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Descobertas de "Hoje" 8 de janeiro de 2010

Descoberto planeta distante onde cai chuva de gotas de ferro (os oglianos estão invadindo!)
Na tentativa de encontrar planetas com características semelhantes às da Terra, astrônomos do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian acabaram descobrindo um lugar estranho, onde faz muito calor e há nuvens e chuva feitas de ferro.
Sol tem irmã destrutiva, afirma cientista. Pode ser a explicação das extinções em massa ocorridas na Terra a cada 26 bilhões de anos. Impossível não lembrar do velho Asimov e daquele que foi considerado o melhor conto de ficção-científica de todos os tempos.